Como a pandemia afeta sua alimentação?

Desde o ano passado tivemos restrições à circulação social e aglomerações e, apesar de algumas atividades seguirem presencialmente, houve um boom no trabalho e estudo remoto. Mas, você já parou para pensar em como passar mais tempo em casa pode impactar seus hábitos alimentares?

Uma pesquisa realizada no final de 2020 revelou maior consumo de refeições prontas industrializadas, redução de idas às feiras livres, além de aumento nos pedidos de comidas delivery dentre os entrevistados.

O medo do contágio contribui à compra de alimentos ultraprocessados (com maior durabilidade devido a conservantes) em grandes quantidades e em uma dieta pobre em frutas e vegetais frescos. Manter uma alimentação equilibrada é importante para fortalecer nosso sistema imunológico e melhorar a qualidade de vida.

Sob estresse nosso corpo libera cortisol, hormônio que aumenta a sensação de fome e pode promover o consumo exagerado de alimentos ditos “reconfortantes”, que são ricos em gorduras e carboidratos. Em casa, muitas vezes, fechamos a webcam e beliscamos quase sem perceber e podemos confundir emoções diversas com “vontade de comer”.

Sentimentos como tédio e solidão podem acentuar a ansiedade e contribuir para que nossa alimentação seja menos consciente. E em função da flexibilização de horários, às vezes,  trocamos refeições balanceadas por lanches rápidos…

Por tudo isso e pensando em nossa saúde física e mental, é importante estarmos atentos ao que consumimos. Lembrando que não acreditamos em dietas restritivas, então, tudo bem comer guloseimas, às vezes… O essencial é seguir equilibrando pensamentos, emoções e a alimentação, para que um não seja válvula de escape do outro e assim consigamos comer com atenção plena e sem culpa.

Referências:

DEMOLINER, Fernanda DALTOÉ, Luciane. COVID-19: nutrição e comportamento alimentar no contexto da pandemia. Perspectiva: Ciência e Saúde, Osório, V. 5 (2): 36-50, Ago 2020.