Pensamentos Automáticos

Você já parou para refletir sobre os pensamentos que surgem na sua cabeça automaticamente durante o seu dia? Esses pensamentos são rápidos e espontâneos, normalmente não chegamos a verbalizá-los e surgem a partir da nossa avaliação sobre os acontecimentos da vida. Eles ocorrem a todo momento e são chamados de “pensamentos automáticos”.  Em geral é mais fácil perceber, no dia a dia, a emoção relacionada ao pensamento do que o conteúdo do pensamento propriamente dito. Eles podem ser tanto positivos quanto negativos e podem ser reconhecidos e entendidos se nossa atenção estiver voltada a eles.

Os pensamentos automáticos (PAs) são comuns a todas as pessoas, não ocorrem somente em pessoas com transtornos psiquiátricos. Eles estão relacionados aos eventos e as emoções. O que ocorre é que alguns desses pensamentos são disfuncionais, e as pessoas com transtornos psiquiátricos tendem a vivenciar “inundações” de pensamentos automáticos desadaptativos ou distorcidos, podendo gerar reações emocionais fortes e dolorosas e também comportamentos disfuncionais. Ou seja, as pessoas com depressão, ansiedade e outros transtornos têm uma maior frequência de pensamentos automáticos distorcidos.

Durante o processo terapêutico aprendemos juntos a identificar esses pensamentos automáticos disfuncionais para que possamos modificá-los, tornando mais funcionais também os nossos comportamentos e as nossas respostas emocionais. Uma das estratégias é contestar esses pensamentos negativos, pois quando nos damos conta deles podemos mudar o foco, buscar comportamentos mais produtivos e nos tornarmos mais assertivos em nossas relações.

 

REFERÊNCIAS

FROESELER, Mariana Verdolin Guilherme; SANTOS, Janaína Aparecida Mendonça; TEODORO, Maycoln Leôni Martins. Instrumentos para avaliação de pensamentos automáticos: uma revisão narrativa. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, v. 9, n. 1, p. 42-50, 2013.

WRIGHT, Jesse H. et al. Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental-: Um Guia Ilustrado. Artmed Editora, 2019.