Os militares estão mais sujeitos a transtornos alimentares?

Todos sabemos que transtornos alimentares afetam pessoas de todos os gêneros, idades, raças, etnias, peso, orientação sexual e status socioeconômico. Agora, outro grupo de indivíduos que deve ser incluído nessas discussões sobre transtornos alimentares são os homens e as mulheres do serviço militar.

A prevalência de fatores que contribuem significativamente para o desenvolvimento de transtornos alimentares em militares e como eles realmente afetam os homens e as mulheres do serviço militar possui pouco estudo direcionado. Na verdade, os poucos materiais existentes informam que a transtornos alimentares como Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa e outros transtornos assim como seus sintomas estão similares ou ainda mais altos que os índices da população civil.

Vamos mostrar alguns dos materiais encontrados nesse assunto. Por exemplo, a prevalência média de Anorexia Nervosa em mulheres militares é de 0.2% a 1.6% e 0.008% nos homens. Quando tratamos da Bulimia Nervosa os dados mudam: 0.71% e 9.7% para as mulheres e 0.015% para os homens. Nas mulheres militares, a prevalência média de Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica é de 19.3%, enquanto nas mulheres civis varia de 3.4% a 14.6%, dependendo do método de avaliação utilizado. Ainda para a população civil, o dado é de 0% para Anorexia Nervosa tanto para mulheres, quanto para homens e 1.1% para mulheres e 0% para homens quando tratamos da Bulimia Nervosa. Já para o Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica, 11.67% para mulheres.

Os militares, assim como os civis, possuem risco de desenvolver transtornos alimentares quando passam por alguma situação traumática. No entanto, no serviço militar eles estão expostos a trauma de combate, muito mais do que a população civil. Essas experiências podem apresentar os seus próprios riscos para o desenvolvimento de sintomas associados a transtornos alimentares.

Os tipos de comida disponíveis para os miliares quando em mobilização de tropas são diferentes daqueles que não estão mobilizados. A mudança de Comida Prontas Para Comer, extremamente calóricas) para “Comida Normal” que é consumida por pessoas que não estão em combate pode contribuir para o aparecimento de sintomas de transtornos alimentares.

Esse é um nicho de pesquisa pouco explorado, mas podemos ver que, mesmo com pouca pesquisa, o material apresentado sugere que os militares, tanto homens quanto mulheres, estão sofrendo mais com transtornos alimentares quando comparados a população civil. As causas disso ainda são meramente especulativas, mas, com mais pesquisas sendo feitas, podemos chegar a causa do problema e tentar combatê-lo melhor.

Fonte: https://uncexchanges.org/2017/04/12/eating-disorders-in-military-personnel/

 

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