Nutrição e Depressão

A depressão é uma doença mental que pode gerar comprometimento do estado físico e psicológico do indivíduo. Entre os principais sintomas gerados pela depressão, estão a tristeza persistente, a falta de energia, a baixa autoestima, a irritabilidade, a ansiedade, entre outros sintomas.

Atualmente, estima-se que 16,3 milhões de brasileiros tenham depressão, além de milhares de casos não diagnosticados e subnotificados. A padronização do diagnóstico das doenças mentais, incluindo a depressão, é feita pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-V.

O desenvolvimento da depressão pode ocorrer por diversos fatores. Alguns deles são chamados de endógenos, aqueles que vêm do próprio organismo, como o sistema endócrino e imune e a genética. Outros são considerados ambientais, aqueles fatores externos que podem gerar estresse. A depressão também pode ser secundária a outras doenças ou alguns tipos de medicamentos que interfiram na fisiologia neural.

Entre as consequências geradas pela depressão, pode-se considerar a diminuição na qualidade de vida do paciente e a incapacitação para o trabalho. Mas a consequência mais drástica é o suicídio, que normalmente ocorre em pacientes que não conseguem atingir a remissão de sintomas através dos tratamentos convencionais ou que não aderem ao tratamento pelos efeitos colaterais dos fármacos antidepressivos.

O tratamento para depressão mais utilizado costuma unir psicoterapia e medicamentos. Os fármacos utilizados podem causar diversos efeitos colaterais, como sonolência, ganho de peso, náuseas, etc. Por causa disso, muitos pacientes abandonam o tratamento farmacológico, afetando a melhora da doença.

Por essa desistência do tratamento farmacológico, discutem-se tratamentos alternativos, sendo um destes o de deficiências nutricionais. Existem diversos estudos relacionando a nutrição a desordens mentais. As deficiências de ácido graxo ômega-3, vitaminas do complexo B, minerais e aminoácidos são as mais frequentemente vistas em pacientes com depressão.

Além do tratamento nutricional poder gerar melhora no quadro de depressão sem acarretar efeitos colaterais, a qualidade de vida do indivíduo também é consideravelmente aumentada com uma melhor nutrição. Portanto, discute-se que o tratamento nutricional deveria fazer parte do tratamento de todos os pacientes deprimidos.

Referências:

[1] SEZINI, Angela Maria; GIL, Carolina Swinwerd Guimarães do Coutto. Nutrientes e Depressão. Vita et Sanitas, Trindade-Go, n.08, jan-dez./2014