Dia Internacional da Mulher: uma reflexão sobre o comportamento alimentar feminino e seus desdobramentos.

   No dia 08/03 se comemora o Dia Internacional da Mulher, data a qual marca a luta histórica das mulheres para terem seus direitos equivalentes aos dos homens. Essa data representa muito mais do que apenas uma luta contra a desigualdade, representa uma luta diária contra o machismo e a distinção sofrida pelas mulheres em diversas áreas da vida. Nesse sentido, para comemorar o Dia da Mulher, nada melhor do que uma reflexão sobre o comportamento alimentar feminino e seus desdobramentos.

   Uma pesquisa realizada pelo Ibope acerca dos hábitos de saúde e de consumo da mulher brasileira mostrou que 40% das mulheres brasileiras fazem dieta de maneira constante. Tal fato indica que grande parte das mulheres está em uma briga diária com a balança e com a sua própria imagem corporal. A crença de que o corpo perfeito existe e que é preciso ser magra para se adaptar a esse padrão de beleza está enraizada na sociedade desde muito tempo. Para que esse objetivo seja atingido, muitas mulheres utilizam de dietas restritivas ou dietas da moda no intuito de perder peso rapidamente. Porém, na maioria das vezes, essas dietas não se sustentam por muito tempo, visto que o nosso corpo responde de maneira negativa a elas.

   No Dia Internacional da Mulher, surge a seguinte reflexão: porque não conseguimos amar o nosso corpo do jeito que ele é e estamos sempre tentando mudá-lo? A resposta está na pressão estética que as mulheres sofrem por parte da sociedade. Por isso, no dia de hoje, é preciso pensar e dar o primeiro passo em um processo de mudança interno, a fim de nos conectarmos com a real maneira a qual devemos nos sentir em relação a nós mesmas. Para isso, podemos começar escutando mais o nosso corpo, assim como as nossas vontades e real necessidades, fazendo escolhas alimentares que nutram tanto o nosso corpo, como a nossa alma. É necessário que a gente encontre o equilíbrio em todas as áreas da nossa vida e que nos sintamos livres e sem culpa para comer um chocolatinho quando temos vontade, por exemplo. É preciso aprender a desfrutar do alimento sem culpa ou vergonha. É preciso que a gente aprenda a amar e a gostar do nosso corpo do jeito que ele é e que não sintamos culpa caso queira mudá-lo, mas que esse desejo parta de você e não por pressão das outras pessoas. 

   Por fim, desejamos que nós, mulheres, sejamos mais gentis com nós mesmas e não deixemos que ninguém diga que não somos suficientes o bastante. É preciso começar a focar mais na nossa própria evolução e a criar hábitos que nos façam sentir bem. Para o Dia Internacional da Mulher, nossa indicação é  iniciar uma dieta do amor próprio, do respeito e do autocuidado. Feliz Dia Internacional da Mulher!

Um abraço,

Equipe Alimentas. 

 

Referências:

G1. 40% das mulheres afirmam fazer dieta constantemente, diz Ibope. G1, 2011. Disponível em: <https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/03/40-das-mulheres-afirma-fazer-dieta-constantemente-diz-ibope.html>. Acesso em: 05 de mar. de 2022.

BORIS, Georges, CESÍDIO, Mirella. Mulher, corpo e subjetividade: uma análise desde o patriarcado à contemporaneidade. Revista Mal-Estar e Subjetividade,  Fortaleza,  Vol. VII, Nº 2, p.451-478, set/2007. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/malestar/v7n2/12.pdf>. Acesso em: 05 de mar. de 2022.