Culpa pós-páscoa?

   A Páscoa é um momento de celebração, tendo vários significados sociais. No entanto, sabemos que pode ser um momento difícil para quem sofre com transtornos alimentares. A culpa, que já é bastante presente na vida desses indivíduos, pode ficar ainda mais forte nesse momento pré e pós Páscoa.

   É importante lembrar que o chocolate não é um vilão na alimentação. Ele, sozinho, não é capaz de engordar ou emagrecer alguém. Não é problema você ser uma pessoa que gosta de chocolate; não é necessário se culpar por isso. Além disso, o chocolate pode fazer parte de uma alimentação equilibrada. Inclusive é preciso desmistificar que a alimentação precisa ser extremamente saudável a todo tempo. 

   Para o pós Páscoa, é importante observar quanto de chocolate você ainda tem e tentar porcionar as quantidades, para evitar beliscar ao longo do dia. O comer desatento pode aumentar a sensação de culpa, pois você come de uma maneira tão automática que nem percebe quando o chocolate acaba, além de levar a uma possível desorganização na alimentação e à permanência da sensação de culpa.

   Somando-se a isso, é importante preparar um ambiente aconchegante para o momento de apreciar o chocolate. Você pode colocar o chocolate em uma tigela bonita e também preparar uma mesa confortável para comer. 

   Não é necessário se desfazer de todos os ovos o mais rápido possível, como se estivesse se despedindo da comida. Você pode tentar dividir com algum familiar que more com você, ou com algum amigo da faculdade ou do trabalho. Além disso, pode usar o chocolate em receitas ou até mesmo congelar algumas partes. Aprender a lidar com aqueles alimentos que consideramos mais difíceis é importante para uma relação mais tranquila e consciente com a comida. 

   Você não precisa ter medo do chocolate que está à sua volta. É preciso aprender a conviver com ele. E, se você está com muita dificuldade em relação aos alimentos, é indicado que busque ajuda profissional. Na Alimentas, você encontra esse apoio para melhorar a sua relação com a comida.

Por Louise Barbosa